sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Empreendedorismo Cultural e criativo: Selecionados
Já saiu o resultado dos selecionados para a oficina de Empreendedorismo Cultural e Criativo. São 33 pessoas e mais uma lista de espera. Os inscritos também receberam um e-mail informando sobre a seleção. Confira se você é um dos selecionados e mais informações no site Espaçonave.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Feriado de muito trabalho e cinema
O feriado dos finados não desmotivou a turma que está participando da oficina de Realização Audiovisual, qque acontece durante toda a semana do Audiovisual do fora do Eixo - A SEDA Sabará 2011. A maioria esteve presente na biblioteca e a missão do dia era organizar os textos, o roteiro, as cenas e as localidades. Por conta do roteiro, foi decidido que boa parte da gravação aconteceria na Casa Fórceps, devido a estrutura necessária. Várias cenas precisariam de um quarto e de outros cômodos.
Gian e os participantes |
A equipe ganha mais um membro, Afrânio que veio direto de Montes Claros, representando o Coletivo Retomada para fazer uma vivência e conhecer o processos que envolvem a realização de uma SEDA. Os alunos se focaram e faltando 10 minutos para o final da oficina a organização e o cronograma de gravação estava pronto. Ao fim, todos os participantes foram até a casa para conhecer o caminho do estúdio improvisado.
A noite o pátio externo da biblioteca ganhou um charme a mais para a sessão: O frio. todos chegaram bem agasalhados e o público foi bem maior do que o primeiro dia. O tema era produção livre. Foram exibidos filmes experimentais de colaboradores do coletivo, como Alice de Vanessa Stephanie e Diga Francês de João Rafael. Várias outras produções de todo país subiram na tela projetada na parede da antiga cadeia. Muragens do Pará e Café Aurora de Pernambuco foram alguns dos destaques.
Sessão da Mostra Produção Livre |
Após a desmontagem, a equipe SEDA volta para a Casa Fórceps refletindo muito sobre os processos e a importância de estar envolvido em uma ação como esta, que envolve além de uma cadeia produtiva audiovisual, veias de amizade e de transformação social, ainda mais com um púbilco tão jovem e disposto a trabalhar como artistas, cineastas e produtores.
Acompanhe a cobertura fotográfica aqui!
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
DF5 curtas abre as Mostras da SEDA Sabará
O segundo dia da SEDA Sabará deu início a oficina de Realização Audiovisual ministrada por Gian Martins, do Coletivo Sem Paredes, de Juiz de Fora. A oficina da sequência ao pilar de formação da SEDA, que em Sabará está sendo trabalhado dde forma bem base, apresentando as perspectivas iniciais do universo audiovisual. A turma é formada por uma maioria feminina e com a idade média de 15 anos. Trabalhou em grupo e no segundo momento, se dividiu para criar o roteiro do filme que será realizado. Duas histórias bem interessantes foram criadas, um drama de uma garota infeliz e problemática e uma lição de moral relacionada a idoneidade. Gian, finalizou a oficina pedindo que os alunos refletissem sobre as histórias, para que na próxima aula, as preparações do curta avancem e o grupo consiga conjuntamente decidir os caminhos desta realização.
Projeção na parede externa da Biblioteca |
A noite, a Bilbioteca Pública Joaquim Sepulveda ganha vida e luz no seu pátio externo, por conta da mostra de filmes. O tema foi DF5 curtas. Uma curadoria selecionou alguns curtas da Distribuidora Fora do Eixo e os exibiu na abertura das exibições da SEDA Sabará. O tímido público ficou vidrado o tempo todo como filme Salto no Vazio, documentário que mostra o processo de gravação da banda sabarense 4intrumental. Em seguida entra o excelente Remixofagia, empolgante e inspirador, verdadeira injeção de ânimo. O terceiro curta veio de uma oficina de realização; Sob o véu de Lenda foi produzido na SEDA Juiz de Fora e para finalizar, entrou o documentário Palco Roosvelt, contando um pouco da história e mostrando o dia a dia da praça Roosvelt.
Público do primeiro dia da mostra |
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Cobertura Colaborativa: Panorama audiovisual Região metropolitana de BH
por Larisssa Umbelino
O primeiro dia da SEDA Sabará contou com uma mesa de discussão, no formato painel, tendo como representantes a gestora pública Kelly Cardozo e os agentes da cultura, Marco Aurélio, integrante do Curta Minas e João Rafael, membro do Coletivo Fórceps e coordenador do cineclube (Cinebrasa). O tema da discussão foi focado no panorama audiovisual de Sabará e Região Metropolitana de BH. Após contextualizar a SEDA e os objetivos desse movimento para a transformação e movimentação do audiovisual, João passou a palavra para Marco que realizou um traçado político/cultural enriquecedor. Em primeiro lugar o Curta minas é um projeto que garante no Estado de MG a produção independente de curtas, muitas vezes taxados de “patinhos feios”, segundo Marco, no panorama do cinema. Promover os documentários ligados a produção independente que estão fora do circuito comercial é o objetivo principal. Marco levantou os pontos de dificuldade em catalogar e mapear os curtas, pois devido a produção intensa com o avanço da tecnologia, o dinamismo e rapidez acabam por “atropelar” as demandas. Outro fator é que há uma carência no que diz respeito a levar esses espaços para o interior, que também é uma demanda produtora. A ideia é levar cooperativas e núcleos que possam difundir e descentralizar o processo que se vincula, na maioria das vezes, à capital. Além disso, levar capacitação para o interior quando os editais foram lançados. Mas mesmo com todas as limitações já existe um catálogo, com produções de 1999 a 2009, em forma de película, ferramenta pouco utilizada hoje.
João Rafael - Coletivo Fórceps |
A partir dessas reflexões, Kelly estendeu o cenário da discussão para a esfera política. O ponto de partida, segundo ela para a movimentação cultural, sem dúvida é o diálogo entre comunidade civil e o poder público. E, em grande parte também da boa vontade e esforço de ambas. Os desafios são encontrar um denominador comum diante de tantas linguagens, desconstruir a cultura de massa, superar a limitação de recursos e ao mesmo tempo cobrá-los das instituições responsáveis. Ela pontuou o audiovisual como foco de atração dos jovens e por isso deve ser incentivado no cenário cultural da cidade, e completou com um elogio ao Coletivo Fórceps pelo trabalho de mobilização e por se tornar grande parceiro cultural.
Retomando a fala, Marco Aurélio falou um pouco das entidades, que segundo ele estão em crise devido a manutenção de um discurso (não só falado mas também como forma de atuação) arcaico que a juventude hoje não reconhece diante de tanto dinamismo tecnológico. E o modo de cativar esta juventude é inovar e contextualizar. Surgiu então da sua fala a proposta de criação de uma plataforma independente para que o material audiovisual possa ser mapeado e catalogado de forma mais centralizada, pois, segundo ele, Youtube e Vimeo são ferramentas que permitem a dispersão e uma grande concorrência com um material desfocado do processo.
Público do painel |
A partir dessas colocações, João pontuou a importância do diálogo entre as redes e a união das plataformas, além da fundamental conexão das identidades (música, audiovisual e letras) de forma a fortalecer este diálogo. Parte daí a necessidade de uma nova política, através da ação de agentes culturais e políticos. Ele cita a importância desses debates como forma de transformação e mobilização social e que o objetivo das SEDAS é que a estes debates seja dada continuidade, para que as propostas e os próprios agentes possam transitar dentro da esfera do processo, conduzindo à construção e transformação. A Kelly fez a colocação de que diante deste processo a postura da rede de coletivos em preocupar-se com o local e o global é muito importante para as ações dos gestores públicos. E em Sabará, o projeto do CMC (Conselho Municipal de Cultura) já foi aprovado na câmara dos vereadores e só aguarda a institucionalização pelo Secretário de cultura da cidade. Marco Aurélio aproveitou o tema do CMC e refletiu sobre as burocracias estatais e a dependência da cultura ainda na figura do Estado. Neste tópico a mobilização social é muito importante nas discussões políticas.
Com a proposta de dar continuidade as discussões, manter o diálogo e a integração, a mesa fechou a discussão deixando claro que as limitações não superam o otimismo de dinamizar e atualizar o cenário cultural, no panorama em foco que foi o audiovisual.
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